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4.5.11

A VERDADEIRA ESTRELA

   Conta-se que quando Jesus estava entrando em Jerusalém, escolheram um burrinho para que o Mestre montasse e assim percorresse aquela entrada triunfal na cidade santana.
   Todo o povo então saudava o Mestre gritando, Hosana ao Rei! Foi realmente um delírio para todos.
   Naquela altura o burrinho ficou muito alegre com todo aquele alvoroço. Ele se achou o máximo e muito se orgulhoso por ser merecedor daqueles aplausos.
   Quando terminou a trajetória, Jesus desceu do burrinho e prosseguiu seu ministério naquela cidade.
   Entretanto, o burrinho pensou em fazer o caminho de volta e receber os mesmos aplausos pensando: "dias como este não se tem constantemente".
   No entanto, assim que as pessoas avistaram o burrinho, começaram a xingá-lo dizendo aquele não era o local de animais. Jogaram pedras, chutaram e quase espancaram o presunçoso animal.
   Chegando em casa, o burrinho relatou para sua mãe o fato e ela prontamente respondeu a questão:
   - Meu filho, naquela ocasião Jesus estava com você. Ele era o centro das atenções. A glória era para Ele e não para você. Sem Jesus você é apenas mais um burrinho.


A VERDADEIRA RIQUEZA

   Um dia, um homem, que acreditava na vida após a morte e que valorizava o "ser" mais o o "ter", hospedou-se na casa de um materialista convicto, numa bela mansão de uma cidade européia.
   Depois da ceia, o anfitrião convidou o hóspede para visitar sua galeria de artes e começou a enaltecer os bens materiais que possuía de maneira soberba. Disse que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue acumular durante sua vida na Terra. Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, jóias, títulos, valores diversos.
   Depois de ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede falou da sua convicção de que os bens da Terra não nos pertencem de fato e que mais cedo ou mais tarde, teremos de deixá-los. Argumentou que os verdadeiros valores são as conquistas intelectuais e morais, e não as posses terrenas, sempre passageiras.
   No entanto, o materialista falou com arrogância que era o verdadeiro dono de tudo aquilo e que não havia ninguém no mundo capaz de provar que todos aqueles bens não lhe pertenciam.
   Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo:
   - Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cinquenta anos, está bem?
   - Ora - disse o dono da casa -, daqui a cinquenta anos nós já estaremos mortos, pois ambos já temos mais de 65 anos de idade!
   O hóspede respondeu prontamente:
   - É por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com mais segurança, pois só então você entenderá que tudo isso passou pelas suas mãos, mas, na verdade, nada disso lhe pertence de fato. 
   Chegará um dia em que você terá de deixar todas as posses materiais e partir, levando consigo somente suas verdadeiras conquistas, que são as virtudes do espírito imortal. E só então você poderá avaliar se é verdadeiramente rico ou não.
   O homem materialista ficou contemplando as obras de arte ostentadas nas paredes de sua galeria, e uma sombra de dúvida pairou sobre seu olhar, antes tão seguro. Agora uma voz silenciosa, íntima, lhe perguntava:
   - Que diferença fará, daqui a cem anos, se você morou em uma mansão ou num casebre? Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar beneficente? Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro? Se comeu em pratos finos ou numa marmita simples? Se pisou em tapetes caro ou viveu com um salário mínimo? Que diferença isso fará  daqui a cem anos?
   E, intimamente, ele já sabia a resposta: absolutamente nenhuma.

Para refletir: Deus diz acumulai tesouro no céu, onde o ladrão não rouba e nem a ferrugem comerá.


EM DEFESA DA VIDA
  Os três funcionários daquela seção já não eram apenas colegas de trabalho, eram bons amigos.
   A senhora que ocupava o cargo de chefia era uma espécie de mãe para os dois rapazes que dividiam com ela as atividades diárias.
   O horário de expediente não era próprio para intensificar amizade, e o tempo do cafezinho era curto para travar uma conversa mais demorada. Por essa razão, o moço Ronaldo, já casado, convidou o amigo para visitar sua casa.
   Raul, o jovem solteiro, passou a frequentar o lar do colega e os laços de afeto se estreitaram também com sua jovem esposa.
   Passado algum tempo, o casal comemorava o nascimento da primeira filha.
   A alegria tomou conta daquele lar com a chegada da pequena Ana Claudia.
   O tempo passou e um dia Ronaldo chegou ao trabalho cabisbaixo, o que não passou despercebido ao amigo, sempre atencioso e sensível.
   "O que está acontecendo, meu amigo? - Pergunto Raul.
   Ronaldo disse-lhe que algo o estava preocupando muito, mas agora não era o momento para falar no assunto.
   Naquele dia ele convidou Raul para tomar um cafezinho, alguns minutos depois. Precisava dedsabafar.
   Mal se sentaram à mesa e Ronaldo disse ao amigo: "Você sabe minha filha acaba de fazer dez meses e minha esposa está grávida outra vez?".
   Não deu tempo para o amigo se manifestar e completou, aborrecido: "Mas eu não vou aceitar esse filho. Já marcamos o aborto para amanhã cedo. Vamos tirar a criança".
   Raul sentiu como se o chão lhe faltasse sob os pés. Como cristão, não conseguia entender como um pai e uma mãe tinham coragem de cometer um crime desses.
   Ronaldo continuou suas justificativas dizendo: 'Não dá para aceitar um filho logo em seguida do outro. Nossa menina está com apenas 10 meses..".
   Raul agora entendera melhor as razões do amigo e perguntou com sincera vontade de obter uma resposta séria: 
"Mas, e porque você deseja matar seu filho?".

   Pensara em aborto, mas não no que ele representa: um homicídio.
   Raul ainda lhe fez mais uma pergunta:
   "E se sua filha vier a falecer, como ficarão as coisas?".
   Ronaldo ficou desconcertado, abaixou a cabeça terminou de tomar o café e voltaram ambos para o trabalho.
   Raul tinha atividades no seu Templo religioso e em suas orações rogou  com fervor a Deus para que salvasse aquela criança.
   No dia imediato os dois chegaram à seção, no período da tarde, pois trabalhavam só meio expediente, mas Raul não teve coragem de perguntar ao amigo. Temia pela resposta.
   Ronaldo tomou a iniciativa, dizendo: "Minha esposa e eu não conseguimos dormir esta noite...".
   O coração do amigo bateu acelerado..., mas não falou nada.
   Logo Ronaldo concluiu: "Resolvemos deixar que venha mais um...".
   Raul explodiu em lágrimas de profunda alegria e alguns meses depois estava na festa de um ano de Ana Claudia, e segunda a segunda filha do casal, contemplando, feliz, o paizão exibindo as duas meninas, uma em cada braço.
   O tempo passou e um dia, após retornar de breve viagem, Raul não encontrou o amigo na repartição, e quis saber o que havia acontecido.
   A chefe lhe falou: "Então você ainda não sabe?.
   "Não, me diga o que houve, por favor". E a notícia lhe abalou novamente a estrutura ao ouvir a resposta:
   "A filha mais velha do Ronaldo morreu."
   Raul dirigiu-se imediatamente para o lar dos amigos para encontrar o casal em profunda tristeza.
   Ronaldo, que chorava discretamente com filha adormecida em seu colo, disse com profunda dor ao amigo:
   "Quero lhe agradecer por ter salvo minha vida. Sim, porque se você não tivesse evitado que eu matasse Ana Paula, a essa hora eu já teria matado a mim,movido pelo remorso e pelo desespero",
   Os amigos se abraçaram e choraram juntos por algum tempo. Mas Raul não esqueceu de agradecer a Deus por ter atendido ás suas preces, poupando a vida daquela criança, que agora dormia serena no colo do pai, que um dia havia pensado em matá-la, no ventre da mãe.




O  PÃO E A FLOR


  Conta-se que, certa vez, existiu um homem rico e poderoso que se julgava superior a todos os outros em função dos bens que conseguira acumular.
   Habituado a ver qualquer desejo seu prontamente atendido, considerava a  vida insípida e tediosa. Sua riqueza já se multiplicava sozinha sem necessidade de sua intervenção, e ele a todos se queixava pela falta de sonhos a realizar e objetivos a alcançar.
   Porém, por uma reviravolta do destino, sua sorte mudou completamente e, em um espaço de tempo relativamente curto, se viu reduzido a extrema miséria.
   Verificou, um dia, que de sua outrora imensa fortuna só restavam duas insignificantes moedas. Amargurado, duvidando se valeria a pena continuar a viver na condição de penúria a que chegara, resolveu dar um último passeio por uma galeria de lojas e encontrar a melhor aplicação possível para as duas moedas.
   Deteve-se diante da vitrine de uma padaria que exibia uma grande variedade de pães e doces. Enquanto observava esses produtos, teve sua atenção despertada pelo que se passava numa loja vizinha, onde eram vendidas plantas e flores. De lá saíra um cliente, seguido pelo vendedor, que portava um vaso com uma roseira e insistia: "Compre esta roseira. Ela está muito barata. Reduzo seu preço para uma moeda", ao que lhe respondeu o cliente: "Não me interessa uma oferta. Estas rosas estão fornecidas e me exigiram muito trabalho para fazê-las vicejar de novo".
   O ex-rico aproximou-se, examinou as raízes da roseira, que não pareciam estar estragadas, e tomou uma resolução. Com uma moeda comprou um pão e com a outra o vaso de rosas.
   Alguém que o observava e tinha conhecimento das provações que ele estava passando, exclamou:
"Você realmente enlouqueceu! Na situação em que você está, compreendo por que comprou o pão, mas por que desperdiçou uma moeda com esta roseira?".
   O homem outrora rico pensou um pouco e respondeu: "Comprei o pão para sobreviver e as  rosas para ter uma razão para viver".
   


UM HOMEM DE DECISÃO


   No dia 5 de dezembro de 1901, na cidade de Chicago, nascia o maior gênio do desenho animado de todos os tempos, Walter Elias Disney, quarto filho de uma família pobre.
   Walt Disney, como é conhecido no mundo inteiro, foi um homem que sempre acreditou em seus sonhos e fez de tudo para realizá-los. Decisão, vontade, persistência e muita criatividade eram as virtudes mais marcantes deste homem que construiu um império tendo como capital inicial apenas o seu talento artístico.
   Seu lema era: "se nós podemos sonhar, nós podemos fazer".
   E quem não conhece muitos de seus sonhos que viraram realidade e até hoje encantam adultos e crianças, como, por exemplo, o personagem Mickey Mouse e a Disneylândia, o primeiro parque temático do mundo?
   Walt Disney não pretendia sensibilizar semente corações infantis, conforme ele mesmo afirmou certa feita: "não faço filmes especialmente dedicados às crianças. Chamemos a criança de inocência. Mesmo o pior de nós não é desprovido de inocência, ainda que ela esteja profundamente enterrada. Em minha obra, tento alcançar e falar a essa inocência".
    Walt Disney não se deixou levar pelas circunstâncias desfavoráveis que o rondavam. 
Um dia resolveu segurar o leme de sua própria embarcação. Eis o que ele escreveu:
   "E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
   Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
   Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
   Decidi ver cada deserto  como uma possibilidade de encontrar um oásis.
   Decidi ver cada  dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
   Naquele dia descobri que meu único rival não era  mais que minha próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
  Naquele dia descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.
   Deixei de me importar com quem ganha ou perde. Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
   Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
   Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de amigo".
    Descobri que o amor é mais que um simples estado de  namoramento, o amor é uma filosofia de vida.
   Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.
   Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais. Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
   Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornarem-se realidade.
   E desde aquele dia, já não durmo para descansar...
   Simplesmente durmo para sonhar".


   
 CHORO DE MULHER


   "Um garotinho perguntou à sua mãe: - Mamãe, porque você está chorando?
   E ela respondeu: - porque sou mulher...
   - Mas, eu não entendo...
   A mãe se inclinou para ele, abraçou-o e disse:
   - Meu amor, você jamais irá entender!
   Mais tarde, o menininho pergunto ao pai:
   - Papai, por que a mamãe às vezes chora sem motivo?
   O homem respondeu:
   - Todas as mulheres sempre choram sem nenhum motivo.
   Era tudo o que o pai era capaz de responder.
   O garotinho cresceu e se tornou um homem. E, de vez em quando, fazia a si mesmo a mesma pergunta:
   - Por que será que as mulheres choram sem ter motivo para isso?
   Certo dia esse homem se ajoelhou e perguntou a Deus:
   - Senhor, diga-me, porque as mulheres choram com tanta facilidade?
    E Deus lhe disse:
   - Quando eu criei a mulher tinha de fazer algo muito especial. Fiz seus ombros suficientemente fortes capazes de suportar o peso do mundo inteiro, suficientemente, poré, suaves para confortá-lo!  Dei a ela uma imensa força interior, para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provém de seus próprios filhos!
   Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando todos os outros entregam os pontos.
   Dei-lhe a sensibilidade para amar seus filhos, em quaisquer circunstâncias, mesmo quando estes filhos a tenham magoado muito. Essa sensibilidade lhe permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sofrimento da criança e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência!
   Para que possa, porém, suportar tudo isso, meu filho, eu lhe dei as lágrimas e são exclusivamente suas, para usá-las quando precisar. Ao derramá-las a mulher verte em cada lágrima um pouquinho do amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade!
   O homem respondeu com um profundo suspiro e respondeu:
   - Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã, de minha esposa e de minhas filhas...
   Obrigado, meu Deus, por ter criado a mulher tão maravilhosamente sensível!




COMO SE ESCREVE...
   Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. Joey desenhou a sua familia. Depois traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu de sua mesinha e foi até a mesa da professora e disse:
   - Professora, como a gente escreve...
    Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula.
   Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.
   Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse:
   - Mamãe, como a gente escreve...
   - Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não bata a porta, foi a resposta dela.
   Ele dobrou o desenho e guardou no bolso.
   Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até a cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse.
   - Papai, como a gente escreve...
   - Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora. E não bata a porta.
   O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso., No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolado um papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude. Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.
   Os anos passaram...
   Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie, fez um desenho. Era o desenho de usa familia. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e ela disse.
   - Este aqui é você, papai! A garota também riu.
   O pai olhou para o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.
   Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou:
   - Eu volto logo!
   E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou.
   - Papai, como a gente escreve amor?
   Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e foi conduzindo, devaar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia:
   - Amor, querida, se escreve com as letras T...E....M...P...O.
   Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.
   Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, familia, afeição...
   Por fim lembre: se você não tiver tempo para amar, crie.
   Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo... bom, o tempo é uma questão de escolha.




COMO MANTER O INFERNO CHEIO
   Conta uma lenda tradicional que no momento em que o Filho de Deus expirou na cruz foi diretamente ao inferno salvar os pecadores.
   O diabo ficou muito triste.
   - Não tenho mais função neste universo, disse Satanás. A partir de agora, todos aqueles que era marginais, que transgrediram os preceitos, cometeram adultérios, infringiram as leis religiosas, todos estes serão enviados diretamente ao Paraíso!
   Jesus olhou para ele e sorriu:
   - Não se lamente, disse para o pobre diabo. Viraão para cá todos aqueles que, por se julgarem cheios de virtudes, vivem condenando os que não seguem minha palavra. Espere algumas centenas de anos e verás que o inferno estará mais cheio do que antes!


A AÇÃO MAIS IMPORTANTE
   Um dia, um advogado famoso foi entrevistado. Entre tantas questões, perguntaram-lhe o que de mais importante fizera em sua vida.
   No momento, ele faou a respeito do seu trabalho com celebridades.
   Mais tarde, penetrando as profundezas de suas recordações, relatou: "o mais importante que já fiz em minha vida ocorreu no dia 8 de outubro de 1990".
   Estava jogando golfe com um ex-colega e amigo que há muito não via.
   Conversávamos a respeito do que acontecia na vida de cada um. Ele contou-me que sua esposa acabara de ter um bebê. 
   Estávamos ainda jogando, quando o pai do meu amigo chegou e disse que o bebê tivera um problema respiratório e fora levado  ás pressas ao hospital.
   Apressado, largando tudo, meu amigo entrou no carro de seu pai e se foi.
   Fiquei ali, sem saber o que deveria fazer. Seguir meu amigo ao hospital?
   Mas eu não poderia auxiliar em nada a criança, que estaria muito bem cuidada por médicos e enfermeiras.
   Nada havia que eu pudesse fazer para mudar a situação.
   Ir até o hospital e oferecer meu apoio moral? Talvez. Contudo, tanto meu amigo como a sua esposa tinham famílias numerosas.
   Sem dúvida, eles estariam rodados de familiares e de muitos amigos a lhes oferecer apoio e conforto, acontecesse o que fosse.
   A única coisa que eu iria fazer no hospital era atrapalhar. Decidi que iria para minha casa.
   Quando dei partida  no carro, percebi que o meu amigo havia deixado o seu veículo aberto. E com as chaves na ignição, estacionado junto às quadras de tênis.
   Decidi, então, fechar o seu carro e levar as chaves até o hospital.
   Como imaginara, a sala de espera estava repleta de familiares. Entrei sem fazer ruído e fiquei parado à porta.
   Não sabia se deveria entregar as chaves, conversar com meu amigo..
   Nisso, um médico chegou aproximou-se do casal e comunicou a morte do bebê. Eles se abraçaram, chorando.
   O médico lhes perguntou se  desejariam ficar alguns instantes com a criança.
   Eles ficaram em pé e se encaminharam para a porta. Ao me ver, aquela mãe me abraçou e começou a chorar.
   Meu amigo se refugiou em meus braços e me disse: "muito obrigado por estar aqui!".
   Durante o resto da manhã, fiquei sentado na sala de emergências do hospital, vendo o meu amigo e sua esposa segurando o bebê, e se despedindo dele.
   Isso foi o mais importante que já fiz na minha vida!




DE QUAL VOCÊ GOSTA MAIS?
   
  Tenho um monte de bonecas - dizia a menininha a uma visita. - Você não quer vê-las?
   - É claro que quero?
   A menininha saiu correndo e trouxe uma porção de bonecas, algumas delas muito atraentes. Uma era a barbie.
   - De qual delas você gosta mais? - perguntou-lhe a visita. Ela estava certa de que a menina iria indicar a barbie.
   Imaginem sua surpresa quando a menininha pegou uma boneca estropiada, de nariz quebrado, com um braço faltando e com as bochechas arranhadas.
   - Mas como? - inquiriu a visitante. - Pensei que você gostasse mais da barbie!
   - Se eu não gostar desta, ninguém mais vai gostar dela! - respondeu ela.
   A menininha deu uma grande lição. Deus ama os mal-amados, os pobres, os abatidos, os miseráveis, os desventurados, os esquecidos, os abandonados, os humildes e os perdidos. Aprendamos a amar assim, e nós também iremos crescer à semelhança de Deus.


A SAGA DO HOMEM JUSTO
   Era uma vez um sujeito que viveu amorosamente toda a sua vida. Quando morreu, todo mundo lhe falou para ir ao céu. Um homem tão bondoso quanto ele somente poderia ir para o paraíso. Ir para o céu não era tão importante para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá.
   Naquela época, o céu ainda não havia  passado por um programa de qualidade total: a recepção não funcionava muito bem. O anjo que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na lista, tristemente disse ao homem:
  - Infelizmente não o encontrei no papel e sem essa informação não posso dar permissão para ninguém entrar no céu.  
   E o homem, resignado, pediu:
   - Por favor, adiante-me, devo ir para que lugar?
   O anjo coçou a cabeça e disse:
   - Não se aborreça. Vou dizer, mas me consterno.
   Tenho o dever de informar: pois muito bem, seu lugar é lá embaixo, no inferno.
   Diante da serenidade, o anjo, surpreendido, ouviu do homem:
   - Pois bem qual é o caminho?
   Disse o anjo:
   - É só descer lá embaixo que dá para ver. É uma caverna escura, nem há controle na porta e, no inferno, você sabe como é: ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega lá é convidado e entrar. Lá a sorte está morta, pois a vida ali é dura!
   O homem logo se despede, agradece e vai descendo. Entra no inferno e por ali vai vivendo. Depois de duras semanas, chegam no céu caravanas com o séquito de Satanás. Param na porta a gritar, pedindo para convocar o santo Arcanjo da paz.
   Diz o diabo:
   - Assim não dá! Só pode ser terrorismo!
   O Arcanjo sai e pergunta:
   -  Que é isto? É anarquismo?
  E o diabo diz:
   - Quem mandou, me diga? Quem enviou aquele agente sagaz que, desde sua chegada, está mudando a parada, levando ao inferno a paz? Valoriza a equipe divulgando a união! Já mudou tudo no inferno!  ou vão tirá-lo dali ou faço um inferno aqui!
  E o anjo diz:
   - Tenha calma que eu resolvo, já sei quem é aquela alma! Foi engano. Aquele homem é puro e é muito justo!
   E assim, mando buscá-lo e este veio a muito custo. Pois, no inferno, ele viu o seu grande desafio do ambiente transformar, já que os sentimentos seus sintonizavam com Deus em todo e qualquer lugar!
   Viva com tanto amor no coração que se, por engano, você for parar no inferno, o próprio demônio lhe trará de volta ao paraíso.




DEUS ENCARREGOU VOCÊ
   Havia um menino probrezinho que ia todo domingo à igreja com as roupas remendadas, o tênis gasto....
   Certo dia, um homem sem fé, que via o garotinho passar todo domingo diante da sua casa para ir ao seu compromisso dominical de oração, quis fazer uma brincadeira com ele.
   Quando o menino voltava da igreja, perguntou-lhe:
   - Ei, moleque, você acredita mesmo em Deus?
   O garoto respondeu:
   - Sim, eu acredito que Deus é meu Pai do Céu.
   E o sujeito:
   - E você acha que ele é mesmo um bom Pai?
   - Claro! - respondeu o garoto.
   - Então, por que o seu Pai do Céu, não lhe dá roupa melhor, não o ajuda a comprar sapatos novos, hein?
   O garotinho, com um olhar de tristeza, fita bem aquele homem e diz:
   - Certamente Deus encarregou alguém neste mundo de fazer isto para mim. Mas esse alguém se esqueceu.
   Deus não faz as coisas sozinho.
   Ele conta com você!


FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM


   Era uma vez um homem que se achava às portas da morte. Sua esposa, junto ao leito, tentava confortá-lo: "Não fique triste, meu bem, levarei diariamente um ramalhete de flores ao cemitério. Mesmo partindo, você ficará comigo, na lembrança, nas preces, na saudade, na recordação."
   O dinheiro que aquele senhor acumulara ao longo de sua existência, tecida de muito trabalho, esforço e suor, veio visitá-lo e disse: "Fomos sempre muito amigos e próximos, não é mesmo? Num gesto de gratidão imorrecedoura, construirei para você o túmulo mais vistoso da cidade. Não chore, portanto. Mesmo que você termine esquecido na sepultura silenciosa do cemitério... estarei a seu lado, sempre".
    Um terceiro personagem entrou em cena: as boas obras que o homem praticara durante a vida. As boas obras disseram: "Nem seu dinheiro, nem sua mulher partirão com você, nesta hora difícil da separação. Nós, no entanto, viajaremos como suas acompanhantes. Não fique triste... Iremos inclusive à sua frente, já preparando o caminho. Somos a chave benfeitora que lhe abrirá as portas do céu."




FOLHA EM BRANCO


   Certo dia eu estava aplicando uma prova. Os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com certa ansiedade. Faltavam cerca de 15 minutos para o encerramento e um aluno levantou o braço, dirigiu-se a mim e disse:
   - Professora, pode me dar uma folha em branco?
   Levei a folha até sua carteira e perguntei por que queria mais uma folha em branco. Ele respondeu:
   - Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez.
   Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha em branco e fiquei torcendo por ele. Aquela sua atitude causou-me simpatia.
   Hoje, lembrando aquele episódio simples, começei a pensar quantas pessoas receberam uma folha em branco, que foi a vida que Deus lhe deu até agora, e só tem feito rabisco, confusões, tentativas frustradas e uma confusão danada...
   Acho que agora seria um bom momento para, então, pedir a Deus uma folha em branco; uma nova oportunidade para ser feliz. Assim como tirar uma boa nota depende exclusivamente da atenção e esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção de dermos aos ensinamentos que recebemos.
   Não importa qual seja sua idade, condição financeira, religião, etc. Levante o braço, peça uma folha em branco e passe sua vida a limpo. Não se preocupe em ser o melhor, preocupe-se apenas em fazer o seu melhor. 


GESTO SOLIDÁRIO
   Naqueles velhos tempos, quando os bancos de sangue ainda não eram conhecidos, uma jovem precisou de uma transfusão de emergência.
   O cirurgião perguntou ao irmão dela, que contava com apenas 12 anos de idade, se aceitaria doar seu sangue, que poderia salvar a vida da irmã.
   O garoto hesitou por alguns instantes, seus olhos se encheram de lágrimas. Então tomou uma decisão:
   - Sim, doutor, estou pronto.
   Terminada a transfusão, virou-se para o médico e perguntou:
   - Diga-me, doutror, quando é que eu vou morrer?
   Só então é que o médico descobriu por que o menino hesitara.  O menino tinha gasto apenas um momento para se dicidir pelo sacrifício de sua vida em favor da irmã.
   Uma pessoa que não hesita em dar a si própria pela outra  é a que tem seus pés firmemente postos no caminho que leva para a frente, mais para a frente, em direção a Deus!


O BEM QUE VOCÊ PLANTA, VOCÊ COLHE


   Roman Tursky, piloto da Força aérea da Polônia, fazia um vôo sobre a Alemanha quando sua aeronave sofreu uma avaria mecânica. Fez um pouso forçado em solo alemão, mandou seu avião para a oficina e foi passar a noite num hotel.
   Na manhã seguinte, enquanto caminhava pelo corredor, um homem miúdo passou correndo e chocou-se contra ele. Roman Tursky ofendeu-se. Mas, ao olhar para a face do homenzinho, viu-a empalidecida de medo. E o homem gritava: - Gestapo! Gestapo!
   Gestapo era a polícia secreta da Alemanha. Era evidente que aquele homem estava sendo caçado pela Gestapo. Roman Tursky empurrou-o para dentro do seu quarto e o enfiou debaixo da cama. Logo a seguir, chegou a polícia e interrogou Tursky. Como ele não entendia a língua deles, os policiais foram embora.
   O piloto se ofereceu para levar o homem consigo para Varsóvia, mas sugeriu que ele se escondesse pouco antes da chegada do avião ao aeroporto, porque era provável que a polícia lá estivesse para revistar o aparelho. Fez o homem descer numa olanície antes de atingir o aeroporto principal. Sem sombra de dúvida, lá estava a polícia pronta para buscar aquele homem.
   Trusky esqueceu o incidente. Pouco mais tarde, a Polônia foi ocupada pela Alemanha. Trusky voou para a Inglaterra, engajou-se na Força Aérea Britânica e se tornou um herói de guerra. Depois de destruir um bom número de aviões inimigos, seu próprio avião foi abatido e se espatifou contra o solo. A equipe de resgate encontrou-o mais morto do que vivo. Levado ao hospital mais próximo, o médico hesitava em operá-lo.
   No dia seguinte, os jornais traziam notícias do acidente de Trusky. O piloto achava-se em coma. Mas, ao retomar a consciência, viu a seu lado um homem baixinho, que o olhava com brilho nos olhos.
   - Lembra-se de mim? - perguntou ele a Trusky. - Sou aquele homem que você salvou! Li hoje de manhã as notícias de que você se encontrava em coma, entre a vida e a morte, e imediatamente tomei um avião para cá.
   - Mas por quê? - perguntou-lhe Tursky.
   - Porque - respondeu-lhe o homem - pensei que poderia ajudar. Dizem que, entre os especialistas em cirurgia cerebral, sou um dos melhores. Vim para fazer a operação que salvou a sua vida.
   Como é verdadeiro o ditado que diz: "O bem que você planta, você colhe! Mas o mal que você faz, esse recai sobre você".




O BOM PASTOR
   Era uma vez um casal de ateus que tinha uma filha menor.
   Os pais, por não acreditarem em Deus, nem em Jesus, jamais falaram sobre o assunto com a menina.
   Ela nunca havia visto nem ouvido nada que se referisse ao Sublime Galileu, o bom Pastor.
   Numa noite de temporal, um raio caiu sobre a casa e fulminou os pais diante dos olhos assustados da pequena, que tinha seis anos de idade naquela época.
   A menina não tinha nenhum parente ou amigo que a acolhesse e por isso foi encaminhada para a adoção. Em pouco tempo ela ganhou um novo lar.
   Sua mãe adotiva, por ser cristã dedicada, levou-a a um templo religioso para que a mocinha conhecesse as leis de Deus e ouvisse falar de Jesus de Nazaré, o mestre veio à Terra para ensinar o caminho que conduz ao Pai.
   Antes de entregar a criança à evangelizadora, a mãe teve o cuidado de explicar que a menina jamais havia escutado falar de Jesus e que ela, por favor, tivesse paciência.
   O natal estava próximo e, justo naquele dia, a aula seria sobre Jesus.
   A moça, após receber todas as crianças com muito carinho e fazer a prece inicial, projetou uma imagem de Jesus na tela e perguntou a todos: "Alguém sabe quem é esta figura?".
   A menina foi a primeira a levantar o braço e falar com alegria:
   "Eu sei, eu sei tia! Esse é o homem que estava segurando na minha mão na noite que meus pais morreram...".




O CIÚME
   Eu tinha dez anos quando encontrei, entre minhas colegas, a primeira amiga de verdade.
   Nossa camaradagem tornou-se a coisa mais importante para mim.
   Entretanto, eu era de natureza exclusivista e me sentia violentamente enciumada sempre que ela manifestava interesse por alguma coisa aque nada tivesse a ver comigo.
   Mamãe compreendeu o que estava ocorrendo.
   Um dia ela chamou-me para ver uma ninhada de pintinhos que havia acabado de sair do ovo.
   Fiquei encantada. Eram umas coisinhas lindas, feitas de suave veludo cor-de-ouro.
   Em meu entusiasmo, colhi um deles na mão. Mas apertei-o com tanta força que por um pouco não o sufoquei. Ele, naturalmente, lutou para escapar até de desvencilhando-se, correu para longe de mim.
   Mamãe notou o meu desapontamento e disse:
   - Pegue um outro, mas procure segurá-lo suavemente. Se você o prender com muita força, por instinto ele vai querer fugir.
   Fiz uma segunda tentativa e o pintinho aninhou-se quietinho na palma da mão. Senti-me muito feliz e sorri para mamãe. Foi quando ela disse:
   - Sabe, meu bem, as pessoas, neste mundo, são como esses pintinhos. Quando agarramos com muita força aqueles que amamos, tentando aprisioná-los em nossa mão, eles, naturalmente, não se sentem bem.  E lutam por readquirir a liberdade, como fez o primeiro pintinho que você pegou. Mas se os colocamos na palma da mão, sem fechar os dedos, de modo que sintam apenas o nosso calor, percebem logo que não desejamos aprisioná-los, pelo contrário, apenas aquecê-los com um pouco de nós mesmos, sem a pretensão de exigir-lhes nada. Foi o que sucedeu com o segundo pintinho.
   Aquilo me impressionou muito e guardei a lição.
   Não quero dizer que deixei de sentir ciúmes, pois isso faz parte da natureza humana. Todavia quando o exclusivismo fala mais alto em meu espírito, controlo-me mentalizando a figura daquele pintinho na palma da minha mão.
   Foi assim que aprendi a manter junto de mim aqueles que, pensando seriamente, desejo que permaneçam perto de meu coração...




O LIVRO DA VIDA
   Entre a consciência e o sonho, deparei-me com uma grande sala. Ao me aproximar, percebi um guardião na porta que me disse:
   - Ninguém pode entrar aqui. Aqui estão guardados os "Livros da Vida".
   Aquele que conseguir passar por esta porta poderá ter acesso ao seu livro e modificá-lo ao seu gosto.
   Minha curiosidade era grande! Afinal, poderia escolher o meu destino.
   Com minha insistência, o guardião resolveu ceder um pouco e disse-me:
   - Está bem. Dou-lhe cinco minutos, e nem mais um segundo.
   Eu nem acreditava! Cinco minutos era mais que suficiente para que eu pudesse decidir o resto da minha vida; afinal, poderia apagar e acrescentar o que eu quisesse no "Livro da Vida".
   Entrei aguentei de curiosidade. O que será que estava escrito no livro da vida dele? O que o destino reservava para aquela pessoa que eu não suportava?
   Abri o livro e começei a ler. Não me conformei.
   Verifiquei que sua vida lhe reservava muita coisa boa e não tive dúvidas, apaguei as coisas boas e reescrevi o seu destino com uma porção de coisas ruins.
   Logo vi outro livro. De outra pessoa de quem eu não gostava e fiz a mesma coisa... De repente, deparo com meu próprio livro!
    Nem acreditei. Este era o momento... iria mudar meu destino ... apagar todas as coisas ruins e iria reescrever só coisas boas. Seria a pessoa mais feliz do mundo!
   Quando peguei o livro, eis que alguém bate em meu ombro:
   - Seu tempo acabou! Pode sair.
   Fiquei Atônito!
   - Mas eu não tive tempo nem de abrir o meu livro?
   - Pois é, disse o guardião. Eu lhe dei cinco minutos preciosos e você poderia ter modificado o seu livro, mas, você só se preocupou com a vida dos outros e não teve tempo de ver a sua.
   Abaixei minha cabeça, cobri minha face com as mãos... e saí da sala.




O LIVRO DOS MILAGRES
   Um homem religioso tinha um hábito incomum: guardava dinheiro dentro do seu exemplar da Bíblia Sagrada. Acreditava que, assim fazendo, Deus abençoava as células ali guardadas.
   Certo dia, recebeu seu salário no banco, separou uma nota de grande valor, pôs dentro da Bíblia - que frequentemente conduzia consigo, tomou o ônibus e foi para casa. Ao descer da condução, esqueceu a bíblia, que ficou no banco ao lado onde sentara. Quando percebeu, era tarde, o ônibus já havia dobrado a esquina  e seguido seu destino.
   Embora triste com a perda, desejou que Deus pusesse aqueles bens - a Bíblia e o dinheiro - em mãos merecedoras.
   Lá adiante, um grupo de jovens estudantes entrou no ônibus e qual não foi o alarde que os moços fizeram quando viram a Bíblia ali deixada. Começaram a tirar a sorte para ver quem ficaria com o livro.  Nenhum deles queria a oferta, tratada, naquele instante, como algo humilhante. Trocavam brincadeiras, galhofas e acusações.
   - É tua, que és metido a santo! - dizia um.
   - Repara, é tua, que és pecador arrependido! - dizia o outro.
   Durante um bom tempo o livro foi passado de mão em mão, servindo sempre como motivo de gracejo entre o grupo.
   Mais adiante, adentrou o ônibus um jovem, também estudante, conhecido da turma que brincava com a Bíblia. Era  um moço humilde, de poucas posses, de conduta serena e que, por conta disso, era sempre alvo de gozação dos seus companheiros. Ao vê-lo entrar, o deboche foi geral e, para espanto do moço, entregaram-lhe a Bíblia, debaixo de forte zombaria e risadas.
   O rapaz recebeu o livro com naturalidade, sem dar mostras de que havia se magoado com os insultos. Sentou-se no último banco do ônibus e pôs-se resignadamente a folheá-lo quando, para sua surpresa, e de todos os que o observavam, descobriu a cédula ali existente. Era a mais elevada quantia em circulação no país.
  Contente, o moço retirou a cédula de dentro da Bíblia, dobrou-a e colocou-a no bolso. Pôs no rosto um largo sorriso de vitória, encarou seus ex-gozadores que se olhavam silenciosos e perplexos, e disse agradecido: "Obrigado!... eu estava precisando."
   Na página onde se encontrava o dinheiro, lia-se um ensino de Jesus, grafado pelo ex-dono da Bíblia: "Aquele que se exaltar será humilhado e aquele que se humilhar será exaltado" (Mateus 23;12)




PERDÃO FILHINHO...
   Escuta, filhinho.
   Esta noite, vendo você adormecer com a mãozinha no rosto e os cachos espalhados pela testa, sinto-me horrivelmente envergonhado. Por isso é que fugi para o seu quarto, para estarmos sozinhos, os dois. Ainda há pouco eu estava lendo jornal na sala, quando de repente me senti sacudido por uma espécie de remorso, e vim, como um criminoso, parar aqui, perto da sua cama. Sabe o que pensava, meu bem? Em todas essas coisas que hoje me irritaram tanto. Esta manhã, quando você se preparava para a escola, eu repreendi você severamente porque lavara o rosto como um gato. Depois, eu pus você de joelhos porque você não engraxara os sapatos. E fiz um escândalo porque derrubou leite no chão. Na hora do almoço, ainda achei um jeito de censurar você: "Você vai entornar o copo. Não ponha os cotovelos na mesa. Você está pondo muita manteiga no pão." Pouco depois, quando entrava no carro, você, da porta, abanou a mãozinha dizendo: "Até logo, papai". E eu respondi: "Endireita os ombros. Você acaba corcunda!". E a coisa continuou. Pois de tarde vendo você jogar bola de gude com os companheiros no pátio, olhei os seus joelhos, você tinha rasgado a calça! Aproveitei a oportunidade para te humilhar diante dos amiguinhos, ordenando-lhe que fosse andando na minha frente, pra casa. "Roupa custa caro". Se você tivesse de pagá-las, teria mais cuidado." Imagine, meu bem, da parte de um pai, que lógica mais estúpida. E esta noite, enquanto eu estava lendo, você apareceu, timidamente, na porta da sala, com uma carinha passada. Eu levantei os olhos do jornal, aborrecido por me interromper. Você hesitou um instante. "O que é que você ainda quer comigo?", resmunguei. Você respondeu: - Nada papai!". E então você se atirou no meu colo,  e passou os bracinhos em torno do meu pescoço, e me beijou uma, duas, três vezes... não sei mais... meu coração. E você logo se fora, escada acima. Pois bem, meu filho, só alguns minutos mais tarde foi que o jornal caiu-me das mãos, e senti  aquele arrepio no coração, e tomei consciência do meu terrível egoísmo. Que foi que o hábito fez de mim? O mau hábito de queixar-me, de reclamar, de repreender, e tudo isso porque você é apenas uma criança! No entanto, não era por falta de amor; mas porque eu esperava demais da sua idade! Eu o media com a escala da minha, e estou bem triste comigo, pode crer. Eu te prometo que a partir de amanhã, minha impaciência, meu nervosismo, e meus aborrecimentos não prevalecerão sobre o amor que eu tenho por você. E te darei todo o tempo que me pedir. 
   Perdão, filhinho. Boa noite, meu bem, Eu te amo muito.


PROVA DE AMOR
    Muito tempo atrás, um casal que não tinha filhos morava em uma casinha humilde de madeira, tinha uma vida muito tranquila e alegre, eles se amavam muito, eram felizes.
   Até que um dia aconteceu um terrível acidente. Ela estava trabalhando em sua casa quando começou a pegar fogo na cozinha e as chamas atingiram todo o seu corpo. O esposo acordou assustado com os gritos e foi à sua procura.
   Quando a viu coberta pelas chamas, imediatamente tentou ajudá-la e o fogo também atingiu seus braços, mas ainda assim, ele conseguiu apagar o fogo.
   Quando chegaram os bombeiros, já não havia mais fogo; apenas fumaça e parte da casa toda destruida. Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.
   Após algum tempo, aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro da sua amada. A Ainda em seu leito, a senhora toda queimada pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, o fogo havia queimado todo o seu rosto.
   Chegando no quarto de sua esposa, ela foi logo falando:
   - Tudo bem com você, meu amor?
   - Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e eu não posso mais enxergar; mas fique tranquila, amor, que a sua beleza está gravada em meu coração para sempre.
   Então, triste pelo esposo, disse-lhe:
   - Deus, vendo tudo o que aconteceu, meu marido, tirou-lhe a visão para que não presenciasse o estado em que fiquei. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.
   Passado algum tempo, já recuperados, voltaram para casa onde ela fazia tudo para seu querido esposo e ele, todos os dias, dizia-lhe:
   - Como eu te amo!
   E assim viveram mais 20 anos, até que a senhora veio a falecer.  No dia de seu enterro, quando todos se despediam, veio aquele senhor sem seus óculos escuros e sem a bengala nas mãos e aproximou-se do caixão.
   Beijando o rosto e acariciando sua amada disse em um tom apaixonante:
   - Como você é linda, meu amor. Eu te amo muito.
   Ouvindo e vendo aquela cena, um amigo que estava ao lado perguntou se o que tinha acontecido era um milagre, e olhando nos olhos dele o senhor apenas falou:
   - Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando a vi toda queimada sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira.
   
  
SEPARE A FANTASIA DA REALIDADE
   Ana, desconfiada de que seu marido, Arthur, tinha outra mulher, deu asas à imaginação. Olhava para ele e já se sentia traída. Cada vez que Arthur chegava atrasado do trabalho por causa do trânsito complicado. Ana já fantasiava: "Demorou por causa da outra. Devem ter se encontrado hoje e isso o atrasou". Quando seu marido chegava em casa cansado. ela já agia como se tudo o que tivesse pensado fosse verdade. Então não servia o jantar, ficava mal-humorada, procurava motivos para reclamar. Ás vezes seu marido ficava dispersivo, com o pensamento longe, e Ana já pensava consigo mesma: "Olhe só como está pensativo! Aposto que está pensando nela...".
   A imaginação de Ana foi voando alto, até que um dia resolveu seguir o marido e pensou: "Vou acabar com o namoro deles de uma vez por todas".
   Esperou-os na saída do trabalho para pegá-los em flagrante. Arthur saiu, pegou o carro, e Ana o seguiu. Viu quando ele parou na floricultura e comprou flores. Ana quase teve um ataque! Pensava: "Que mau-caráter! Gastando com outra!". E ficou tão nervosa que foi para a casa aos prantos.
   Chegando em casa, jogou-se na cama e chorava compulsivamente. Quando seu marido chegou e foi até o quarto, Ana, sem nem mesmo olhar para ele, desabafou:
   - Eu vi tudo, você comprando flores para ela! Você me traiu, não tem vergonha...
   E levantou-se da cama a fim de encará-lo. Para surpresa sua, ele trazia um buquê de flores nas mãos e, muito chateado, disse:
   Ana, hoje é dia do nosso aniversário de casamento, você nem se lembrou?
   Muitas vezes nos fixamos tanto em um pensamento que acabamos fazendo dele uma realidade para nós e agindo como se o fato fosse real. E sofremos, desesperamo-nos por algo que nem corresponde à realidade. Às vezes até perdemos momentos bons da nossa vida por criar situações imaginárias e vivê-las como se fossem reais.




VOCÊ É DEUS?
    Narra Charles Swindoll que, logo depois do término da Segunda Guerra Mundial, a Europa começou a juntar os cacos que restaram. Grande parte da Inglaterra estava destruída.  As ruínas estavam por todo lugar.  E, possivelmente, o lado mais triste da guerra tenha sido assistir as criançinhas órfãs morrendo de fome, nas ruas das cidades devastadas.
   certa manhã de muito frio, na capital londrina, um soldado americano estava retornando ao acampamento. Numa esquina, ele viu, do seu jipe, um menino com o nariz pressionado contra o vidro de uma confeitaria. Parou o veículo, desceu e se aproximou do garoto.
   Certa manhã de muito frio, na capital londrina, um soldado americano estava tornando ao acampamento. Numa esquina, ele viu, do seu jipe, um menino
   Lá dentro, o confeiteiro sovava a massa para uma fornada de rosquinhas. Os olhos arregalados do menino falavam da fome que lhe devorava as entranhas. Ele observava todos os movimentos do confeiteiro, sem perder nenhum. Através do vidro embaçado pela fumaça, o soldado viu as rosquinhas quentes, e de dar água na boca, sendo retiradas do forno.
   Logo mais, o confeiteiro as colocou no balcão de vidro com todo o cuidado.  O soldado ouviu o gemido do menino e percebeu como ele salivava. Em pé, ao lado dele, comoveu-se diante daquele orfão desconhecido:
   - Filho, você gostaria de comer algumas rosquinhas?
   O menino se assustou. Nem percebera a presença do homem a observá-lo, tão absorto estava na sua contemplação.
   - Sim!, respondeu. - Eu gostaria.
   O soldado entrou na confeitaria e comprou uma dúzia de rosquinhas. Colocou-as dentro de um saco de papel e se dirigiu ao local onde o menino se encontrava, na gélida e nevoenta manhã de Londres. Sorriu e lhe entregou as roquinhas, dizendo de forma descontraída:
   - Aqui estão as suas roquinhas.
   Virou-se para se afastar. Entretanto, sentiu um puxão em sua farda. Olhou para trás e ouviu a menino perguntar, baixinho:
  - Moço, você é Deus?


A FÉ É INVISÍVEL
   Um dia, na sala de aula, o professor estava explicando a teoria da evolução aos alunos. Ele perguntou a um dos estudantes:
   - Tomás, vês a árvore lá fora?
  - O professor voltou a perguntar:
   - Vês a grama?
   E o menino respondeu prontamente:
   - Sm.
   Então, o professor, eu vi o céu.
   - Viste a Deus? Perguntou o professor.
  O menino respondeu que não. O professor, olhando apra os demais alunos disse:
   - Vejam, é disso que eu estou falando! Tomás não pode ver a Deus, porque Deus, não está ali!
Podemos concluir, então, que Deus não existe.
   Nesse momento Pedrinho se levantou e pediu permissão ao professor pra fazer mais algumas perguntas a Tomás.
   - Tomás, vês a grama lá fora?
   - Sim.
   - Vês as árvores?
   - Sim.
   - Vês o céu?
   - Sim.
   - Vês o professor?
   - Sim.
   - Vês o cérebro dele?
   - Não, disse Tomás.   Pedrinho então, dirigindo-se aos seus companheiros, disse:
   - Colegas, de acordo com o que aprendemos hoje, concluímos que o professor não tem cérebro.


A Bíblia diz: Que bem mais bem aventurados são aqueles que o não o viram e mesmo assim creram Nele.